Projetos sociais da Bahia usam esporte e música para ajudar na inclusão de pessoas com deficiência visual

Projetos sociais da Bahia usam esporte e música para ajudar na inclusão de pessoas com deficiência visual

Imagem da capa: Fonte Guia do estudante

Nas aulas do projeto social Remo Sem Fronteiras, todo mundo aprende a superar desafios. Aulas de iniciação musical acontecem dentro de um estúdio inaugurado recentemente pelo Instituto de Cegos da Bahia.

Por Jornal Nacional

09/08/2022 21h36  Atualizado há 9 horas

Projetos sociais da Bahia estão usando o esporte e a música para ajudar a inclusão na sociedade de pessoas com deficiência visual.

Ainda na areia, as técnicas de uma aula que vai exigir muito mais que a força dos braços; é preciso ter sincronia dos movimentos. Se remar de forma coordenada já é um desafio para muita gente, imagine para uma turma de deficientes visuais.

“Isso daqui é um aprendizado todo dia de remada. Eu vou trabalhando técnicas, eles vão me ensinando. É uma troca, na verdade. Eu aprendo mais do que eu ensino. Comecei a perceber que, sim, que todo mundo tem condição de remar. A limitação, eu passo para eles que está aqui na cabeça”, diz Sérgio Oliveira, idealizador do projeto Remo Sem Fronteiras.

Nas aulas do projeto social Remo Sem Fronteiras, todo mundo aprende a superar desafios.

“Eu não sinto medo não. Eu sinto uma sensação maravilhosa. Não sei nem como explicar. No mar eu me sinto voando igual um pássaro”, diz o aposentado Moisés Nunes Queiroz.

É a mesma sensação que Lucimeire Souza sente. Há 16 anos, ela perdeu a visão. Enfrentou o medo e aprendeu a superar barreiras.

“É como se eu tivesse realmente voando e vendo o horizonte, vendo o limite das coisas. E eu sei que pra mim foi maravilhoso estar aqui. Eu amo estar no remo. Eu fico contando os dias para chegar e estar aqui, ouvindo a zoada do mar, com meus amigos. E quando eu entro, eu esqueço de tudo. Eu deixo os meus problemas cá no mar e sigo adiante”, conta a massoterapeuta.

Outra iniciativa de inclusão vem através da música. Aulas dos mais variados tipos de instrumentos para quem não consegue enxergar ou tem baixa visão. É uma forma de resgatar a autoestima e também possibilitar um jeito diferente de ver o mundo.

As aulas de iniciação musical acontecem dentro de um estúdio inaugurado recentemente pelo Instituto de Cegos da Bahia. Reúne crianças, adolescentes e adultos. 

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Manu, de 14 anos, tem na música a emoção de despertar outros sentidos: “Muita alegria, muita paz. Eu consigo identificar a emoção que o cantor está passando para a música. Por isso que eu sempre procuro passar alegria quando canto".

“Esse espaço, especialmente, é um local de transformação. As pessoas muitas vezes vêm desse diagnóstico, com depressão; muitos achando que a vida acabou. E a música, por si só, ela resgata a autoestima, ela traz a vida de volta. Tanto que o nosso lema é 'existem várias formas de ver o mundo', e o nome desse centro é Imaginasom. O que é imaginar o som? É ver a vida através da música”, diz Consuelo Alban, assessora de captação de recursos do projeto.

Vida que realmente ganha outro sentido. “É um sentimento de alegria, de tudo, né? Não tem barreira. É sem fronteira. Vim para aqui, já mudou a história. Uma nova história, uma nova direção”, diz Washington Luis dos Santos, aluno.