Setembro Amarelo, Mês de Prevenção ao Suicídio. (Parte 1)

Setembro Amarelo, Mês de Prevenção ao Suicídio. (Parte 1)
Janeiro Branco, novembro Lilás, novembro azul, dezembro laranja, dezembro vermelho, setembro amarelo, mas o que essas cores representam, por quais motivos o calendário colorido de saúde foi criado? Qual o significado de cada uma delas?
O calendário colorido da Saúde surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre o período de algumas doenças e incentivar a prevenção e o tratamento dessas enfermidades. Muitas pessoas, criticam bastante o setembro amarelo, tendo como justificativa que não seria somente em setembro que as pessoas tentam contra sua própria vida e que falar sobre o assunto pode incentivar ou fazer pessoas desejarem acabar com tudo.
O que acaba sendo por vezes incoerentes, se fosse desta forma, não deveríamos ter por exemplo o outubro rosa, pois não é uma temática que ocorra apenas no outubro, no entanto, é o mês que acontece uma maior concentração de campanhas. Com o setembro amarelo não é diferente, possibilita dar visibilidade à temática e com o conhecimento ajudar as pessoas terem melhor consciência e poder encaminhar aos serviços especializados. Precisamos também aproveitar este momento para desmistificar os mitos e preconceitos relacionados ao suicídio e ideação suicida, como da resistência de muitas pessoas em buscar ajuda dos profissionais de Psiquiatria e Psicologia.
O dia 10 de Setembro é a data Mundial de Prevenção ao Suicídio. O tema é extremamente vasto, cheio de aspectos importantes para serem tratados e aprofundados, o que não teria como fazer em um único texto. Desta forma iremos até para não ficar cansativo para leitura, dividir por partes.
Neste primeiro momento é relevante contextualiza o Setembro Amarelo e alguns termos.
Você sabe a história do Setembro Amarelo? O motivo da cor e dos lacinhos?
Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais.
(https://www.bossoroca.rs.gov.br/)
A ideia acabou desencadeando um movimento de prevenção ao suicídio e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela.
Somente depois ainda de um bom tempo tendo como referência o caso Emme, o “Setembro Amarelo” foi adotado em 2015 no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Conforme informações retiradas do próprio site, CVV é uma das ONGs mais antigas do País. Fundado em São Paulo em 1962, atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio do telefone 188, e também por chat, e-mail e pessoalmente. É membro fundador do Befrienders Worldwide e ativo junto ao IASP (Associação Internacional para Prevenção do Suicídio), Abeps (Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio) e outros órgãos internacionais que atuam pela causa.
Hoje, cerca de 4 mil voluntários, em mais de 120 postos, prestam serviço voluntário e gratuito 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, aos que querem e precisam conversar sobre seus sentimentos, dores e descobertas, dificuldades e alegrias. De forma sigilosa e sem julgamentos, o voluntário do CVV busca ouvir aquele que liga com profundo respeito, aceitação, confiança e compreensão, valorizando a vida e, consequentemente, prevenindo o suicídio.
Todas as formas de acesso podem ser conferidas no site www.cvv.org.br, onde também é possível se informar sobre o Posto CVV mais próximo e como se tornar voluntário.
É importante saber os termos, seus significados, pois quanto mais conhecimento se tem sobre a temática, entendimento sobre os fenômenos, maior probabilidade de compreensão e assim agir de forma preventiva.
Suicídio: O suicídio é um ato deliberado, iniciado e concluído por uma pessoa com pleno conhecimento ou expectativa de sua morte. Ainda que possa haver ambivalência na ação, é escolhido um método que a pessoa considere ser fatal (OMS, 2001; CFM, 2014). Trata-se de um ato que envolve aspectos multifatorial, ou seja, não é uma causa única, o que precisa-se ter muito cuidado, por vezes buscamos tentar explicar o comportamento sinalizando um único motivo e as vezes até culpabilizando terceiros por algo que envolve muitas causas. Um exemplo que percebemos claramente em nossa sociedade é culpar a separação pelo suicídio de alguém, se fosse uma única causa, todas as pessoas que decidisse separar, cometeriam suicídio, logo, não pode ser generalizado de forma tão simplista uma única causa. Mas diversos fatores que fizeram o “copo” transbordar. Não deve-se pensar este fenômeno de forma meramente biopsíquica, ele é de natureza complexa, precisa-se considera as dimensões históricas, socioambientais, culturais e econômicas.
Tentativa de Suicídio: Diz respeito a qualquer conduta suicida não fatal ou dano provocado em si mesmo intencionalmente, enquanto o suicídio é reconhecido como o ato de matar a si mesmo (MS, 2019a). A pessoa pode realizar comportamentos autolesivos com intenção de morrer, podendo ser uma tentativa de suicídio planejada ou impulsiva, por isso é necessário atentar ao risco de suicídio e a como a letalidade aumenta se existirem tentativas sucessivas, pois a pessoa pode aumentar o grau a cada tentativa (VIDAL et al., 2013). Um fator que observamos erroneamente a sociedade de modo geral dizer, é que se a pessoa quisesse mesmo morrer faria logo de vez, que ficar tentando é uma forma de chamar atenção. Novamente é importante mencionar que não se trata de um fenômeno de causa única, vários fatores influenciam inclusive na escolha do método nesta tentativa, não pode-se desconsiderar a gravidade da situação. Devemos entender a cada tentativa como um pedido de socorro e uma oportunidade de para quem está ao redor de tentar buscar ajuda especializada e acesso efetivo à rede de apoio.
Planejamento do Suicídio: O planejamento do ato confere gravidade maior à ideação suicida. É importante saber se a tentativa do suicídio ou o suicídio foi um ato impulsivo ou um plano altamente elaborado. Isso aponta à forma de comunicação interpessoal, existem o que organizam para não haver como ser socorrido, deixando todo o cenário criteriosamente organizado, cartas de despedidas, etc. entender a ação de elaboração, possibilita avaliar melhor todos os fatores de riscos e os cuidados que a principalmente os familiares precisam adquirir na vigilância de novas tentativas.
Ideação Suicida: Envolve pensamentos sobre tirar a própria vida ou estar morto/morta, sendo considerada um fator importante para intervenções, pois quanto mais frequente e mais detalhada, maior o risco do ato em si (CALDEIRA, 2015).
Automutilação/autolesão: Entende-se por automutilação qualquer comportamento que envolva a agressão intencional ao próprio corpo, sem que haja intenção consciente de suicídio. Trata-se de um ato que não possui aceitação social, tampouco para exibição, o que o distinguiria da prática de cutting, na qual também há objetivos estéticos (GIUSTI, 2013).
Deve-se salientar que as questões relacionadas ao Suicídio, ideação suicida e autolesões é algo que vem assolando o mundo, tendo obviamente mais evidência em alguns Países.
Os dados epidemiológicos, de identidades, comportamentos, situações que aumentam as chances de suicídio, tem características diferentes. Vários aspectos precisam ser avaliados e observados, como fase do desenvolvimento, a história de vida, raça, etnia, relacionamentos interpessoais, atividades laborativas, histórico familiar em relação à transtornos mentais, diagnóstico psiquiátrico, contexto religioso. É fundamental entender que não existe uma causa única e que ninguém resolve do dia para noite acabar com sua vida, é um processo que vai se estruturando ao longo do tempo, intensificando um sofrimento psíquico ao máximo de suas exaustão, em que a pessoa não consegue visualizar outras alternativas possíveis e prováveis de mudar, resignificar o vazio, a dor, a decepção, a frustração.
A epidemiologia também nos dá um panorama, podendo mostrar até o que existe de diferente em regiões, semelhanças, chances de aumentar os riscos, um melhor mapeamento do fenômeno. (MS, 2019a; 2019b), estes dados não são para criar um determinismo, algo estático, programado, mas para sensibilizar e criar campanhas estratégicas para cada espaço, grupo, demanda possibilitando maior acessibilidade ao encaminhamento e serviços especializados.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que suicídios têm aumentado em todo o mundo, chegando a ocupar a terceira posição entre as principais causas de morte nas faixas etárias de 15 a 44 anos (OMS, 2019). O Brasil está entre os dez países que registram os maiores números absolutos de suicídios (BOTEGA, 2014). Segundo dados do Ministério da Saúde (MS, 2017a), a taxa de suicídio aumentou 12% entre 2011 e 2015, chegando a 5,7 óbitos por 100 mil habitantes, no Brasil, em 2015.
Alguns dados são preocupantes, principalmente entre os jovens, em um terço dos Países a juventude é o grupo de maior risco. (OMS, 2019; MS, 2019a; OMS, 2012). Entre a faixa etária de 15 a 29 anos no mundo o suicídio é a segunda principal causas de morte, (OPAS, 2018).
No Brasil, entre 2000 a 2015, ocorreram 11.947 mortes em função de lesões autoprovocadas em jovens de dez a 19 anos, representando 8,25% do total de mortes por suicídio no período citado, havendo tendência de crescimento (SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE apud CICOGNA et al., 2019).
A adolescência é uma fase marcada por inúmeras mudanças, a própria maturação do corpo, pode não ser uma situação fácil de ser enfrentada por eles, uns por se acharem magros demais, baixos, gordos, essa geração atual que tem acesso livre e por vezes sem controle das redes sociais, acabam passando mais tempo pesquisando e interagindo com um público imenso virtual, e cada vez mais limitado presencial. E neste espaço existe muitas exigências por uma perfeição fantasiosa, relações superficiais, um excesso de identificações com determinados grupos, cobrança e exclusão e isolamento se não condizem com o esperado ou estipulado por determinados seguimentos.
É importante atentar para os sinais de alerta ao risco de suicídio na adolescência e início da vida adulta, a primeira principalmente por ser uma fase do desenvolvimento marcada por atitudes impulsivas, desejo que as coisas aconteçam de forma rápida, pouca tolerância à frustrações, estresse agudo, desejo de aceitação e inclusão à grupos, o que pode levar à pensamentos negativos e atitudes suicidas. (BOTEGA, 2015).
Alguns sinais de alerta são relevantes ser observados, como: mudanças bruscas de personalidade ou de hábitos, afastamento de familiares e amigos, perda de
Interesse por atividades que eram apreciadas, mudança no padrão de sono, comentários autodepreciativos, desesperança e interesse crescente sobre morte.
Pessoas Idosas.
Para alguns pode até ser chocante este dado, mas no Brasil, este é o grupo de maior índice de suicídio. Momento em que a grande parte da população idealizou ser um momento de descanso, poder usufruir as conquistas da vida e descanso. No entanto, muitos acabam se deparando com realidades completamente adversas e por vezes acúmulos de grandes frustrações.
“De acordo com a OMS, em 2015 os índices de suicídio entre pessoas de 65 a 74 anos de ambos os sexos foram de 7,8 mortes por 100 mil habitantes. O índice é ainda maior entre pessoas com mais de 75 anos, chegando ao total de 8,9 mortes por 100 mil habitantes quando consideramos ambos os sexos, e a 19,2 mortes por 100 mil habitantes para homens acima de 75 anos. O diagnóstico de depressão, o isolamento social, as doenças incapacitantes e degenerativas, as dificuldades financeiras e a aposentadoria são os principais fatores de risco para o suicídio entre pessoas idosas (MINAYO; CAVALCANTE, 2010). Em relação a pessoas idosas institucionalizadas, o sentimento de abandono, desamparo e isolamento são os principais fatores associados ao quadro depressivo e de ideação suicida (MINAYO; FIGUEIREDO; MANGAS, 2017).
É fundamental pensarmos em Políticas Públicas focadas para esta fase do da vida, percebe-se que no nosso País existe culturalmente falando, pouca valorização pessoa Idosa, se comparada com outros Países e cultura, que são percebidos como a referência mais forte da família, associada à sabedoria, respeito e produtividade. No nosso caso, o envelhecer traz inúmeras perdas, que não são somente a modificação do corpo com algumas limitações, mas a perda do poder aquisitivo, poucas atividades direcionadas, poucos espaços de valorização e estimulo principalmente cognitivo, e alguns espaços de convivência retratam atividades muito infantilizadas, não valorizando todo a história e potencial do sujeito.
A história de vida de pessoas idosas com ideação suicida, aparecem permeadas de relações instáveis e corrosivas, além de sentimento de isolamento e não pertencimento, que culmina em percepções autodepreciativas e risco de suicídio (LYRA, 2018). Por isso tão importante o estímulo de atividades para reinserção social e principalmente manutenção e fortalecimento de vínculos.
Sobre o Gênero e Etnia.
Quanto à este aspecto epidemiológico, será reproduzido na íntegra o que foi destacado no trabalho produzido como Orientações para a atuação profissional frente a situações de suicídio e automutilação pelo Conselho Regional de Psicologia de Brasília, por serem dados de muita relevância para se fazer apenas um corte, ou uma referência fragmentada.
Saliento para a sensibilidade que é preciso ter, ao analisar o suicídio como um fenômeno multifatorial, pensar nos diversos enfretamentos que algumas categorias, grupos, segmentos precisam enfrentar diariamente.
“Em muitos países, incluindo o Brasil, o número de óbitos por suicídio é superior entre os homens. Em contrapartida, o número de tentativas de autoextermínio é maior entre as mulheres. Enquanto as mulheres têm duas vezes mais registros de tentativas de suicídio que os homens, os homens morrem por suicídio três vezes mais do que as mulheres (MS, 2017a). Esse fenômeno é conhecido como paradoxo de gênero do comportamento suicida e possui algumas hipóteses para o seu entendimento, como o fato de os homens comumente empregarem métodos com maior potencial letal em suas tentativas (CANETTO; SAKINOFSKY, 1998). Tal predileção pelos meios de alta letalidade aponta para questões de gênero, pois um homem em uma cultura machista e patriarcal nunca pode falhar, mesmo diante de um ato suicida. Além disso, é preciso considerar que o zelo pela própria saúde não é uma prática cultivada entre os homens, pois o autocuidado é um comportamento culturalmente associado à feminilidade (BAÉRE; ZANELLO, 2020).
Desse modo, observa-se que o gênero é um elemento relevante para se pensar a forma como o comportamento suicida se evidencia em culturas marcadas pelo sexismo, como a brasileira. Quanto menos o sujeito corresponde aos padrões culturais de gênero, maior a chance de vir a manifestar intenso sofrimento psíquico decorrente das retaliações normativas nos diversos ambientes de socialização.
No Brasil, não é possível o levantamento de dados oficiais sobre a morte por suicídio da população LGBTI+, uma vez que nos registros de óbito (declaração e atestado) não constam os itens de orientação sexual e identidade de gênero. Para contornar essa negligência do Estado, estimativas são realizadas a partir do levantamento de casos noticiados pela mídia, como as realizadas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Pesquisas no cenário internacional apontam uma frequência maior de manifestação do comportamento suicida entre a população sexo-gênero diversa, sobretudo entre a população trans (GRANT et al., 2010). Logo, no País que apresenta alarmantes índices de violência LGBTI+fóbica, em primeiro lugar no ranking de assassinatos à população LGBTI+, é esperado que o sofrimento psíquico intenso dessa população se reflita em um número elevado de casos de autoextermínio. Uma vez que a precarização da vida da população sexo-gênero diversa se mantém através de reiteradas vivências de preconceito e discriminação, entende-se que muitas pessoas LGBTI+ não se suicidam, mas são “suicidadas” pela sociedade (BAÉRE, 2019).
Em 2018, uma publicação do Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) assinalou que, entre 2012 e 2016, a média de óbitos por suicídio foi superior entre a população de jovens e adolescentes negros, em comparação às demais raças e etnias. Em 2012, a taxa de mortalidade por suicídio foi de 4,9 óbitos por 100 mil entre adolescentes e jovens negros e aumentou 12%, alcançando 5,9 óbitos por 100 mil entre adolescentes e jovens negros em 2016. De acordo com a publicação, o racismo gera danos que impactam significativamente nos estados psíquicos. Esses efeitos estão comumente relacionados à humilhação racial e a negação de si, cujas consequências podem levar a uma agudização do sofrimento psíquico, culminando na manifestação do comportamento suicida (MS, 2018). O racismo estrutural (ALMEIDA, 2019), historicamente constituído na sociedade brasileira, tem como um de seus efeitos o apagamento das consequências do sofrimento psíquico entre a população negra. Essa invisibilidade também aparece em produções literárias que trabalham com a temática do suicídio, conforme aponta Navasconi (2019), que investigou a presença de marcadores étnico-raciais na literatura acadêmica sobre o comportamento suicida.
Entre as populações mais atingidas pelo suicídio estão os povos indígenas, que têm apresentado as maiores taxas de mortalidade por suicídio em diversos países como, por exemplo, entre as populações nativas do Canadá, de Ilhéus no Pacífico Sul, Micronésia, Papua-Nova Guiné, Austrália, entre outros (OLIVEIRA; LOTUFO NETO, 2003). Dados do Ministério da Saúde mostram uma taxa de mortalidade por suicídio entre povos indígenas no Brasil três vezes maior que a população em geral, e com maior incidência na faixa etária de 10 a 19 anos. Em contextos indígenas, lidamos com outras concepções de vida, de morte, de organização social e política, além de relações de parentesco diferenciadas e cosmologias e sistemas de crença específicos. Muitos e muitas jovens indígenas relatam sentimentos de não-pertencimento: por um lado, sofrem discriminação na cidade por serem indígenas; por outro, em suas aldeias, são criticados pelos mais velhos em decorrência de hábitos da sociedade envolvente que incorporaram com o contato. Esse cenário nos coloca uma tarefa desafiadora: a necessidade de se desenvolver um diálogo intercultural ao propor ações de acolhimento e suporte às experiências de sofrimentos psicossocial de povos indígenas, que demandam reconhecimento e valorização das suas formas tradicionais de nomeação e de lidarem com suas experiências de sofrer.”
Como ficou evidenciado o tema relacionado ao Suicídio é extremamente vasto e complexo, por isso devemos ter muito cuidado, conhecimento na área para ao lidarmos com a situação de forma sensível, respeitando a dor e o sofrimento do outro. A Prevenção ao Suicídio não é responsabilidade apenas de um ou dois segmentos, mas de todos, amigos, família, Comunidade, Escolas, Faculdades, Igrejas, Grupos Organizados, etc. Cabe a todos conhecimento para os melhores encaminhamentos.
Por Steleyjanes Galdino Rodrigues.
Psicóloga CRP03-3092.
LGBTI+ termo conforme o que estava na referência citada, atualmente pode-se usar o termo LGBTIAP+.
Referências.
ALMEIDA, S. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
BAÉRE, F. A Mortífera Normatividade: o silenciamento das dissidências sexuais e de gênero suicidadas. Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, v. 2, n. 1, p. 128-140, 2019.
BAÉRE, F.; ZANELLO, V. Suicídio e masculinidades: uma análise por meio do gênero e das sexualidades. Psicologia em Estudo, v. 25, e44147, 2020.
BORGES, L. O.; TAMAYO, A. A estrutura cognitiva do significado do trabalho. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, v. 1, n. 2, p. 11- 44, 2001.
BOTEGA, N. J. Comportamento suicida: epidemiologia. Psicol USP, v. 25, n. 3, p. 231-236, 2014.
______. Crise Suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.
Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal. Orientações para a atuação profissional frente a situações de suicídio e automutilação / Organizado pela Comissão Especial de Psicologia na Saúde do CRP 01/DF. Brasília: CRP, 2020. 48p.: il.
LYRA, R. L. A experiência do processo de envelhecimento a partir da Teoria Interpessoal-Psicológica do Suicídio. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
LYRA, R. L.; TAVARES, M. Comportamento suicida entre idosos e políticas públicas de saúde. In: ANTLOGA, C.; BRASIL, K. T.;
LORDELLO, S. R.; NEUBERN, M.; QUEIROZ, E. (Orgs.). Psicologia Clínica e Cultura Contemporânea 4. Brasília: Technopolitik, 2019, p. 341-362.
MINAYO, M. C. S.; CAVALCANTE, F. G. Suicídio entre pessoas idosas: revisão da literatura. Revista de Saúde Pública, v. 44, n. 4, p. 750-757, 2010.
MINAYO, M. C. S.; FIGUEIREDO, A. E. B.; MANGAS, R. M. N. O comportamento suicida de idosos institucionalizados: histórias de vida. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 27, n. 4, p. 981-1002, 2017.
MS - Ministério da Saúde. Perfil epidemiológico das tentativas e óbitos por suicídio no brasil e a rede de atenção à saúde. Boletim Epidemiológico, v. 48, n. 30, p. 1-14, 2017a. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/21/2017-025-Perfil-epidemiologico-das-tentativas-e-obitos-por-suicidio--no-Brasil-e-a-rede-de-atencao-a-saude.pdf. Acesso em: 19 jul 2020.
OLIVEIRA, A. L. X.; SOUSA, F. D. T. Saúde Mental: Um artigo de revisão sobre a Saúde Mental no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 11, n. 5, p. 198-212, 2020.
OLIVEIRA, C. S.; LOTUFO NETO, F. Suicídio entre Povos Indígenas: um panorama estatístico brasileiro. Archives of Clinical Psychiatry, v. 30, n. 1, p. 4-10, 2003.
OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um manual para médicos clínicos gerais. Genebra: OMS, 2000a. Disponível em: http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_gp_port.pdf. Acesso em 8 ago 2020.
______. Prevenção ao suicídio: um manual para profissionais da mídia. Genebra: OMS, 2000b. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf Acesso em: 8 ago 2020.
______. Relatório sobre a saúde no mundo 2001: saúde mental: nova concepção, nova esperança. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2001.
______. Public health action for the prevention of suicide: a framework. [local]: [editora], 2012.
______. Preventing suicide: a global imperative. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2014. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/suicide-prevention/world_report_2014/en/. Acesso em: 2 mar 2020.
______. Prevención del suicídio: un impe-rativo global. Washington, DC: Organización Panamericana de la Salud, 2014.
———. Suicide in the World: global health estimates. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2019. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/suicide--in-the-world. Acesso em 8 ago 2020.
VIDAL, C. E. L.; GONTIJO, E. C. D. M.; LIMA, L. A. Tentativas de suicídio: fatores prognósticos e estimativa do excesso de mortalidade. Cad. Saúde Pública, v. 29, n. 1, p. 175-187, 2013.
Comentários (0)
Comentários do Facebook